CDI Hoje: Cotação do CDI real

O que é CDI?

O CDI (Certificado de Depósito Bancário) é um título emitido por instituições financeiras e utilizado para que os bancos se financiem ao prazo de um dia, garantindo que terão recursos para liberar os saques solicitados por seus clientes, garantir o depósito de cheques ou, ainda o pagamento de taxas e duplicatas solicitadas por outros bancos ou, ainda, pelo próprio Banco Central.

A autoridade monetária brasileira exige que os bancos nacionais possuam recursos ao final do dia suficientes para custear suas operações, daí a necessidade de que os bancos emitam esse tipo de título. Sem ele, as instituições não conseguiriam manter seu ritmo de atividades, deixando os clientes sem recursos.

O CDI é negociado apenas entre bancos, não sendo acessível aos clientes comuns. Mas, apesar disso, o título tornou-se muito importante no sistema bancário nacional, como mostraremos a seguir.

Para que serve?

Como dissemos alguns parágrafos acima, o CDI serve para que os bancos encerre o dia com saldo positivo (ou seja, dinheiro na conta).

Esse saldo costuma ser calculado pela diferença entre os recursos que saem dos cofres dos bancos (como os liberados para saques de correntistas, pagamentos a outros bancos ou empréstimos entre instituições, por exemplo) e tudo aquilo que entra (os depósitos realizados por correntistas, outros bancos ou pagamentos recebidos, por exemplo).

Por sua importância, a taxa cobrada pelos CDI tornou-se a taxa de referência aplicada a outras operações financeiras ou investimentos de outros tipos, voltados tanto a pessoas físicas como jurídicas.

Como funciona?

Para que não terminem o expediente bancário sem recursos, o que é proibido pelo Banco Central, as instituições emitem títulos de CDIs, com validade de um dia, apenas para que os bancos se financiem e tenham recursos para continuar operando normalmente.

Como a taxa do CDI é medida?

A taxa do CDI é medida com base nas condições de liquidez do mercado, já que o título permite que os bancos peguem empréstimos entre si e financiem o funcionamento do sistema interbancário.

Uma característica da taxa do CDI é que ela acompanha a variação da taxa básica de juros, a Selic. Esta última é definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, e avalia todo o cenário macroeconômico do país, como crescimento da economia, nível de emprego e insegurança política, por exemplo.

A taxa do CDI é definida diariamente, assim como a taxa Selic aplicada nestes investimentos.

Quais os efeitos do CDI sobre os demais investimentos?

Embora se trate de títulos negociados apenas entre bancos, não acessível a pessoas físicas, a variação do CDI tem efeitos sobre os investimentos realizados pelo consumidor comum. Um desses efeitos é a diferença entre a taxa cobrada nos fundos DI, que utilizam o CDI como base de cálculo, e a Selic.

Com uma discrepância entre os dois índices, a queda na Selic pode tornar esse tipo de investimentos menos atrativo. No entanto, para ganhar é preciso deixar os recursos parados no banco por médio prazo (em geral, a recomendação é de que o investimento permaneça intocado por um ano).

Para avaliar qual a melhor taxa de juros e o período em que o dinheiro deve ficar parado é recomendável que o investidor consulte seu banco ou seu corretor de investimentos.

O CDI é um bom investimento?

Os investimentos que utilizam o CDI como taxa de juros referenciais podem ser muito rentáveis, considerando o valor aplicado e o período acordado com a instituição financeira para que o montante permaneça intocado.

Como o CDI varia diariamente e é negociado entre bancos, esse tipo de investimento costuma ser muito seguro, já que é garantido pelo Banco Central, que cobre uma parte do valor empregado, impedindo que os correntistas destas instituições fiquem descobertos caso o banco quebre.

É importante destacar também que a autoridade monetária fiscaliza a saúde financeira dos bancos com frequência, analisando as transações realizadas por estas instituições e verificando se estes são capazes de honrar seus compromissos internos e garantir a integridade dos recursos aplicados por todos os seus correntistas.

Caso os bancos não tenham recursos para continuar operando, o Banco Central entra em ação, garantindo o dinheiro aplicado ali, mas penalizando os bancos cuja gestão dos recursos não foi realizada de forma responsável.

Investimentos atrelados ao CDI

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